domingo, 27 de novembro de 2011


Eu louvo a Dança
(Santo Agostinho)

Eu louvo a dança, pois ela liberta o ser humano
do peso das coisas - une o solitário à comunidade.
Eu louvo a dança, que tudo pede e
tudo promove; saúde, mente clara
e uma alma alada.
Dança é a transformação do espaço, do tempo e
do ser humano, este constantemente em perigo
de fragmentar-se, tornando-se somente
cérebro, vontade ou sentimento.
A dança, ao contrário, pede o homem inteiro,
ancorado no seu centro, e que não conhece a obsessão da vontade de dominar gente ou coisas, e que não sente a demonia de estar perdido em seu próprio ser.

A dança pede o homem liberto, vibrando
em equilíbrio com todas as forças!

Eu louvo a dança!
Ser humano, aprenda a dançar!
Senão os anjos do céu não saberão
o que fazer de você.




Dança Flamenca
Festival de Dança do Triângulo - 2008






Dança Tribal
Mostra Cultural Yalla Bina - 2009







Dança do Ventre
Circuito Double - 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A dança terapêutica


   O "Simpósio de Arte como Terapia" aconteceu nos dias 01
e 02 de abril de 2011, no anfiteatro da Universidade Federal de Uberlândia. Tivemos palestras, oficinas e atrações culturais, participação de estudantes e profissionais de diversas áreas.

 
    Fábio Vladimir, da Academia Ritmo (dança de salão), com os bailarinos Adriana e Dudu nos encantaram mais uma vez. 


      Os organizadores, alunos do curso de Medicina da UFU, componentes da Liga Acadêmica de Humanidades Médicas, sob a coordenação da docente Dra. Rosuíta Fratari Bonito, deram um exemplo de 'paz guerreira', sonhando e construindo desde os bancos da escola, um Sistema de Saúde honesto e focado verdadeiramente na saúde.

"Tornamo-nos seres fisicamente muito enrijecidos, sedentários, dependentes de um conforto tecnológico que nos tira a mobilidade física. A rigidez e a inércia do corpo, em certo sentido, fazem refletir a rigidez e inércia da alma. Precisamos nos tornar seres mais flexíveis, mais dançantes, menos sedentários, em corpo e alma. Toda prática de dança, de movimento, de caminhada, é benéfica, de uma forma geral. O movimento estetizado, ou mesmo o movimento lúdico da dança quebra couraças e estruturas do Sujeito Frágil, que, por natureza, tende a petrificar-se na chamada passividade burguesa. O Sujeito Sadio é  fluente, móvel, dançante, coreográfico, eurítmico, 'tai-chiano'. (...) Uma alma dançante tende a ser uma alma ágil, capaz de mobilizar recursos internos de modo rápido e eficiente."

Dr. Wesley Aragão de Moraes
(1957-; médico e mestre em Ciências da Religião pela UFJF, doutor em Antropologia pelo PPGAS, Museu Nacional, UFRJ; docente universitário na área de Antroposofia; escritor e pesquisador em áreas diversas)

                                                    




quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ecoarteterapia

    

        Arteterapia é um processo terapêutico já bem difundido, que utiliza, paralelamente às vertentes musicoterapia e dançaterapia, recursos de expressão das artes plásticas, musicais e/ou corporais. “Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, é criatividade, é vida (Jung, 1920).”
     A união com os aspectos ambientais e naturais abordados na permacultura e ecologia gera o termo “ecoarteterapia”, que pode ser definido sumariamente como tratamento pela natureza e arte. Os objetivos principais são a sensibilização por estímulos sutis e delicados através da observação e contato com a terra, as plantas e animais, e a mobilização da própria energia criativa que resulta dessas percepções corporais e psíquicas obtidas na vivência. Em contato com a liberdade de fazer, sem compromisso estético ou científico, o indivíduo desliga-se do auto-julgamento mental e tem a oportunidade de reconhecer e desenvolver seus próprios potenciais e poder criador. Além disso, pode reaproximar-se do conhecimento ancestral e instintivo, gravado na memória celular desde a embriogênese, parcamente expresso na infância e via de regra violentamente reprimido pela educação e condicionamentos externamente convencionados das regras sociais. O bombardeio de estímulos grosseiros, contínuos e persistentes das cidades, tem provocado a dessensibilização dos órgãos sensoriais  pelo mecanismo da tolerância, e aos poucos vai desconectando o indivíduo de suas emoções e sentimentos, de sua sabedoria inata adquirida pela evolução da espécie. Com isso o homem tem perdido o benefício do auto-conhecimento pelos caminhos naturais e cíclicos da vida; perde o contato com a própria essência e torna-se presa fácil de toda sorte de moléstias, sem mencionar a susceptibilidade a todo tipo de dominação, manipulação e abuso.
     Em escala coletiva, na permacultura visa-se a reordenação social  com a proposta de assentamentos humanos sustentáveis via bioconstruções e aproveitamento simples e inteligente dos recursos naturais. Jaime Lerner, arquiteto e ex-prefeito de Curitiba, prefaciando o livro “Manual do arquiteto descalço”, de Johan Van Lengen (arquiteto fundador do TIBÁ, instituto de Tecnologia Intuitiva e Bio-Arquitetura), ressalta o valor da simplicidade: “...nada é tão complexo quanto querem os vendedores de complexidade. E o mundo está cheio de vendedores de complexidade. E eles não sabem que é criando a partir de elementos simples, fáceis de ser implantados, que teremos o começo de um sistema mais avançado no futuro.”
     Em escala individual a ecoarteterapia propõe o contato e a reintegração do ser humano com seus instintos e percepções elementares, com os ritmos regidos pelas leis naturais que movem todos os sistemas, sejam eles biológicos, planetários e/ou cósmicos. Caminho de vida plena e saúde.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11/11/11

     ...já se foram 30 sobe-desce de sol e lua, e as ondas de Ouro Preto ainda ecoam, pedindo reflexão e ação...
     ...Será que o amor é mesmo contagioso???...